“ Minha protagonista segue muda, acuada, querendo muito falar, querendo sumir e sabendo que qualquer movimento dela, qualquer não movimento dela, mais uma vez a condenará.” Emblemático
Eu fico maravilhado como tem gente talentosa como você nessa plataforma, e às vezes me pergunto se também não estou saturando. Mas minha companheira me disse uma coisa muito importante dia desses: tudo que dissemos já foi dito, mas nos cabe repetir porque nem todo mundo estava presentando atenção.
Nessa encruzilhada entre Donald's, o Donald Fauntleroy Duck e o Trump, me vem uma ideia de como fazer livro com uma protagonista muda em meio a uma sociedade que fala e berra por todos os cotovelos, joelhos e redes sociais.
A resposta das colegas de trabalho do Silvio era sempre a mesma: o Silvio Santos fala ou não fala? R: Faaaalaaa. Deu certo pra ele literalmente até o fim da vida. Just saying.
Conte tudo, não esconda nada... A ficção é espaço para isso. Vá para Pasárgada e nos mande carta, bilhete, mensagem... Se não puder, me escreva. Sou um devorador de segredos. :)
"Sim, sei que newsletters não são diarinhos (olha, eu produzo um diarinho, peça e eu boto você lá, ele é tudo, menos diário)."
Recomendo, é ótimo.
"Aos cinquenta e três anos tenho zero esperança de encontrar alguma paz."
Curioso isso, porque tenho conseguido aos 46 encontrar um pouco dessa paz vinda da independência em relação ao pensamento de terceiros (não que os fantasmas não apareçam o tempo todo, mas tem hora que eu consigo tocar o f***-se) (podia colocar palavrão aqui?)
Vai em frente, Fal, tenho certeza que o que você escolher vai ficar ótimo (como tudo o que você faz).
vade retro qualquer tentativa de academia uma hora dessas, já é tarde. estou com um caderno aberto na mesa, após a descoberta de poder mudar as cores da página sem usar cores pré-concebidas da plataforma (linda cognição esta minha), onde estão as anotações da aula de oralidade com o professor Antonio Marinho, mais precisamente a parte sobre contação de histórias.
pois bem, há uma característica que fala sobre improviso e performance, sobre como o corpo é um signo literário que traduz a escrita em oralidade. a heroína há de ter um corpo; se tem um corpo, traduz; se traduz, transcende a escrita em gesto; se tem gesto, movimento e transcendência, tem querer; se tem querer, tem voz.
Mas você nem se atreva a não falar! Onde é que nós estamos? A que ponto que chegamos?
Pensa bem:
Tem tanta gente que não tem o que falar e fala;
Tanta gente que não devia falar e fala sem parar;
Que se você, que tem tanto o que falar
Que fala tão belamente
E tão pertinente e tal e tudinho
Pois então:
O que há é que se você falar mais, Talvez abafe (um pouquinho que seja)
Aqueles uns que nem deviam falar e falam tanto.
Pronto!
<3 <3 queri, sabe que eu perdi minha chance de falar, né? um hábito muito meu.
Precisava ler isso hoje.
Difícil...
“ Minha protagonista segue muda, acuada, querendo muito falar, querendo sumir e sabendo que qualquer movimento dela, qualquer não movimento dela, mais uma vez a condenará.” Emblemático
nossa heroína está ferrada demais, rê
Pode ter certeza Fal
Eu fico maravilhado como tem gente talentosa como você nessa plataforma, e às vezes me pergunto se também não estou saturando. Mas minha companheira me disse uma coisa muito importante dia desses: tudo que dissemos já foi dito, mas nos cabe repetir porque nem todo mundo estava presentando atenção.
Boa!
Nessa encruzilhada entre Donald's, o Donald Fauntleroy Duck e o Trump, me vem uma ideia de como fazer livro com uma protagonista muda em meio a uma sociedade que fala e berra por todos os cotovelos, joelhos e redes sociais.
Como seria a sua?
A resposta das colegas de trabalho do Silvio era sempre a mesma: o Silvio Santos fala ou não fala? R: Faaaalaaa. Deu certo pra ele literalmente até o fim da vida. Just saying.
Conte tudo, não esconda nada... A ficção é espaço para isso. Vá para Pasárgada e nos mande carta, bilhete, mensagem... Se não puder, me escreva. Sou um devorador de segredos. :)
Putz, Fabia, que delícia de texto... DE NOVO!!!!
eu deixaria a protagonista descansar um pouco e decidir no dia seguinte o que fazer, a menos que seja uma situação terrivelmente urgente.
"Sim, sei que newsletters não são diarinhos (olha, eu produzo um diarinho, peça e eu boto você lá, ele é tudo, menos diário)."
Recomendo, é ótimo.
"Aos cinquenta e três anos tenho zero esperança de encontrar alguma paz."
Curioso isso, porque tenho conseguido aos 46 encontrar um pouco dessa paz vinda da independência em relação ao pensamento de terceiros (não que os fantasmas não apareçam o tempo todo, mas tem hora que eu consigo tocar o f***-se) (podia colocar palavrão aqui?)
Vai em frente, Fal, tenho certeza que o que você escolher vai ficar ótimo (como tudo o que você faz).
vade retro qualquer tentativa de academia uma hora dessas, já é tarde. estou com um caderno aberto na mesa, após a descoberta de poder mudar as cores da página sem usar cores pré-concebidas da plataforma (linda cognição esta minha), onde estão as anotações da aula de oralidade com o professor Antonio Marinho, mais precisamente a parte sobre contação de histórias.
pois bem, há uma característica que fala sobre improviso e performance, sobre como o corpo é um signo literário que traduz a escrita em oralidade. a heroína há de ter um corpo; se tem um corpo, traduz; se traduz, transcende a escrita em gesto; se tem gesto, movimento e transcendência, tem querer; se tem querer, tem voz.