Um bebê perdido, uma lista para a menina de cabelo cor-de-rosa e quase nada do que aconteceu nesse meio tempo
Uma vez, há muito tempo, muito mesmo, perdi um bebê.
Foi meu único bebê e eu o perdi.
O verbo perder realmente cabe aqui e a maluca dos verbos que vive em mim gosta muitíssimo de encontrar o verbo certo para a ocasião exata (também vive aqui a doida dos adjetivos, mas esta é uma outra história).
Perdi meu bebê quase como quem perde uma chave, uma chance, um trem. Ele não me foi tirado, entende? Não houve cenas dramáticas, longos diagnósticos cheios de palavras estranhas, dores lancinantes. Houve um corredor de hospital, uma mão bem pequena na minha com a rapidez dum raio e uma quantidade – não tão grande – de papelada.
Um dia meu bebê estava. No outro, não. Um lance, um segundo de azar. De muito azar.
A não ser bem instalada num divã, falo pouco da perda, falo pouco do bebê. Há alguns anos uma única amiga ouviu a história toda, da melhor maneira que pude contá-la, numa conversa que começou, como quase todas as conversas excruciantes, do nada.
Enfim, penso nele. No bebê.
Não o tempo todo.
Ao ver sobrinhos brincando ou amigas com filhos e netos no colo, não penso nele. Ao sair para jantar com homens que me exibem fotos de netos no teatrinho da escola, nunca me ocorre que meu bebê poderia, a essa altura, ele mesmo ter um bebê. Não penso nele no Dia das Mães ou no Natal. Quando alguém me pergunta se tenho filhos, minha resposta é não.
Nunca me ocorreu responder não mais.
Nunca me ocorreu dizer ele se foi.
Aceitei o fato de não ter um bebê, uma criança, um jovem adulto, um filho-velho (eu, a filha-velha da minha mãe), da mesma maneira que aceitei quase tudo que me aconteceu de bom e de ruim: pilotando muitas horas de divã e entendendo que o tempo é finito e que absolutamente tudo vai passar.
Como dizem os jovens lá no por ora finado X: Discorde aí na sua casa.
Penso no bebê perdido nalgumas ocasiões íntimas demais para declinar aqui. Penso no bebê, às vezes, quando estou dando aula para os bebês que outras pessoas não perderam, porque adoro as caras que vejo em minha tela.
A lembrança do meu bebê me assalta no meio duma aula quando explico a toada dos sonetos camonianos ou conto dos detalhes da Belle Époque, do Tenentismo ou da Revolta da Vacina, dos muitos usos do verbo to receive ou quando elenco as principais obras de Debret e explico que nossa dívida para com ele jamais será paga. Vez que outra, quando conto ao menino de cabelos cacheados que a Pax Augusta durou uns duzentos anos e é o único tipo de paz em que acredito, vem à minha lembrança o bebê que perdi.
Eu me recordo do bebê e de seu nome – também perdido – quando conto as sílabas poéticas duns versos alexandrinos com a menina que tem os olhos da Sherazade, quando tento ordenar em fatos a vida de fugitivo do FBI que levava o velho Caravaggio ou, ora, ora, ora, quando derramo lagriminhas lendo Gullar prum adolescente que está do outro lado da tela nitidamente me achando um pé no saco.
Não podemos saber que tipo de mãe eu seria – suspeito que péssima, falhei em absolutamente tudo, não posso imaginar que teria sucesso justo aí. Não podemos, tampouco, saber que tipo de adulto meu bebê perdido poderia ser.
Gosto, porém, muito, muito mesmo de acreditar que, feito essa meninazinha de cabelo cor-de-rosa e brinco no nariz (o cabelo dela nem é mais dessa cor, a não ser dentro do meu peito), talvez meu bebê, não fosse ele ter sido perdido, aprendesse dos meus livros, dos livros que, creio, nos formam e confortam, explicam e encaminham, fazem brotar nossos próprios escritos e justificam, se não tudo, boa parte.
(você não precisa, creia, perder seu tempo dizendo que meu bebê perdido, não perdido fosse, odiaria a mim e aos meus livros porque eu sei disso, obrigada.)
Essa menina de cabelo cor-de-rosa e brinco no nariz me pediu uma lista dos livros que, na minha opinião, ela não pode deixar de ler ao longo da vida.
Eu lhe disse que faria, sim.
Como falta pouco para a menina de cabelo para sempre cor-de-rosa crescer completamente, fiz uma lista que, impossível de ser lida antes que ela cresça, será uma lista a acompanhá-la, se e enquanto ela quiser, nas muitas e muitas décadas que ainda terá pela frente, até que seja uma filha-velha, até que tenha uma filha-velha.
Uma lista de livros não para serem necessariamente lidos, uma lista para que a menina saiba que uma velha professora sempre dela se lembrará, mesmo quando a própria professora for uma vaga, bem vaga, recordação.
Pensei um bocado no bebê, o menino perdido, em quem quase nunca penso, enquanto pensava essa lista. Ele seria mais velho do que a Joana é agora. Se mantivesse os olhos marrons de quando era bem pequenininho, ele a olharia, a única certeza que tenho, com encanto, e faria da avelã uma fruta docinha. É possível que ele não desse a mínima para lista, mas a Joana, ah, a Joana ele adoraria.
Demorei meses pra erguer essa lista. A minha. A minha lista de livros para a menina que amo tanto. Agora ela está aqui.
Uma lista de livros para a Joana
Querida Joana, aqui está a sua lista.
J., leia Franny and Zooey, pelas muitas razões que justificam a leitura desse livro lindo, mas leia para entender que as famílias permanecem juntas por cumplicidade, por terem um passado em comum, pelos armários de banheiro cheios de produtos há muito vencidos, para superar a dor e depois entender que a dor jamais é superada, para colecionar bilhetes engraçados no quadro de avisos e para esperar que a mulher gorda cante, finalmente.
(do Salinger vá para cima do Pra cima com a viga, moçada – Seymor, uma introdução e também do O apanhador no campo de centeio e do Nove histórias. Sério mesmo.)
Leia Mulherzinhas, essa cópia que lhe enviei, com a tradução da Nair Lacerda. Depois, só depois, leia o original, pois as palavras lindas dessa tradução querida vão se tornar tatuagem dentro do peito, eu prometo. Leia para conhecer uma história que abraça o dia a dia e os milagres que podemos tocar, para saber duma mulher que fazia o que lhe era possível numa época impossível.
Leia Você jurou que eu ia ser feliz, o melhor de Sônia Nolasco, o livro que eu dava de presente para as pessoas que amava, porque você precisa ouvir mulheres que vieram duas (ou três) gerações antes da sua mãe, entendê-las, amá-las e jamais se esquecer: elas são exatamente como você. Nolasco nos ensina como contar histórias.
Leia alguns muitos (por favor, leia muitos) gibis dum homem chamado Glauco, cuja personagem principal, o Geraldão, andava pela casa da mãe dele, eternamente desempregado, de pinto de fora, drogado, fumando vários cigarros ao mesmo tempo e comendo sanduiches que carregava em seus quatro ou seis bracinhos, surfando na tábua de passar e, de maneira implacável, explicando a década de 1980 para quem ainda não tinha olhado em volta.
Consulte a gramática do Professor Napoleão Mendes de Almeida, compre uma cópia em papel, tenha-a consigo e fixe as palavras dele em suas retinas de estudante de Letras (pare para pensar: a essa altura, no ano que vem, você entrará no segundo semestre!) para entender por que é a personagem e não o personagem (o personagem, ensina o velho, é francesismo).
Leia os livros de viagem do Antony Bourdain, mas especialmente, leia Cozinha Confidencial, o livro que ele escreveu antes de começar a viajar para valer. Leia, não apenas porque você vai se divertir, se espantar e se enternecer com a vida de um velho cozinheiro. Leia para entender que um bom narrador é dono da história que conta, domina a história que conta, nos carrega pelo braço pela história que conta. (Ah, J., leia também para aprender que devemos manter o ego sob controle e jamais, jamais mesmo, abrir um restaurante).
Falando em bons narradores: leia Moby Dick, por favor. Leia Moby Dick porque você está viva e quer descobrir coisas e sair pelo mundo e provar o gosto de tudo o que for possível e sentir o mar borrifado em seu rosto e ouvir ondas e gaivotas e gritos e ordens e correr de lá para cá no convés com o menino que pediu para que você o chamasse de Ishmael e aprender todas as coisas e descobrir os diferentes nomes do azul e sentir o cheiro da maresia no cabelo do homem que você ama. Leia Moby Dick sempre, a vida toda, releia seus trechos mais queridos, decore-os, compare as capas, reclame (ou ame) as traduções, leia Moby Dick porque o mundo existe, as aventuras nos são, ainda, imagináveis e porque no dia em que a natureza tomar tudo de volta e nenhum de nós estiver aqui, a velha baleia, dorso ferido, olhos afiados, dona da profundeza, voltará.
Leia Frankenstein porque a literatura do século XIX é soberba, única, varre seu peito com espanto e também porque a autora, uma mulher espetacular, filha de uma mulher enorme, não era tão mais velha do que você é agora quando o escreveu. Veja como se pode erguer uma história de suspense e horror, tijolinho após tijolinho. Observe como a construção de personagens complexas é difícil, mas fundamental. Leia as descrições dela das gentes e lugares, sentimentos e perdas.
Leia Anarquistas graças a Deus, da Zelia Gattai, porque a voz narrativa dela, que mistura lembranças com fofocas com a maneira correta – nem melosa, nem distante – nos ensina a falar de quem fomos e de quem já amamos nessa vida. É essa voz que devemos imprimir na nossa, é esse o olhar que devemos arrastar pela vida. Leia, também, Valsando com a gata, da Pam Houston, para se lembrar de que nada é simples, de que o bem e o mal não existem, para se lembrar de que somos seres imperfeitos, que amam seres imperfeitos e que é uma bobagem e uma imensa pobreza não estender a mão e dizer por favor, venha para perto de mim de novo, está tudo bem .
Leia Não verás país nenhum, do Inácio de Loyola Brandão, porque o velho sabia que não só que estávamos caminhando para este ponto miserável onde nos encontramos agora e que, não, não vai ficar tudo bem, mas que ainda assim, e até o fim, vamos produzir uma literatura do caralho de boa. Dele também e exatamente pelos mesmos motivos, J., leia Zero.
Leia O caneco de prata do genial e totalmente esquecido João Carlos Marinho. Marinho é o rei dos livros de aventura e excelentes diálogos que se produziu para adolescentes nesse país. Aos cinquenta e três anos eu o releio todo o tempo, completamente encantada e rindo alto com seus parágrafos-lista intermináveis, coisa que copio há trinta anos sem vergonha alguma, suas tramas bem urdidas (aula de escrita para quem estiver prestando atenção), personagens complexas e voz narrativa que cinquenta anos depois ainda é tão, tão moderna. O caneco é o melhor dele, moderno, ainda, muito inovador em tema e forma, humor fininho, bem malvado.
Leia Erico Verissimo. Leia O tempo e o vento para sempre. Aprenda História do Brasil, com o velho e principalmente que nossa casa é o lugar que vamos carregar dentro do peito, nos nossos músculos, tendões, nervos, pele, que a casa em que vivemos onde quer que estejamos é a casa que carregamos conosco. Veríssimo Pai acreditava, como eu – o Eclesiastes nos segue de perto – que as coisas vão passar, pequena. O que é triste e ruim. Mas também é bom. É por isso, principalmente, que devemos colocar dentro de nossos olhos e coração toda a beleza – o que cada um definir como beleza. (Dele, ainda, Israel em abril e Solo de clarineta I e II).
J. leia poesia. Por favor, não vire um adulto infeliz e seco que, frente ao livro com os versos de amor mais sinceros e doídos, anuncia eu não gosto de poesia. A poesia adoçará sua alma, arrepiará seus cabelos, guiará seu nariz na direção certa e dirá ao seu coração que as coisas vão, pelo menos, se ajeitar. Leia poesia por todo o tempo que puder, para sempre, em voz alta, sozinha no quarto, com seus amigos, na cama para o seu homem, para seus bebês, para sua mãe já um tantinho lelé, leia poesia quando todo o resto lhe faltar, J., porque a poesia não nos falta, ela é como o rock and roll, a poesia jamais se esquece e ela sempre vai lhe alcançar se você procurar por ela. Da Emily Dickson vá logo no poesia completa com o seu inglês impecável, The Complete Poems of Emily Dickinson. Leia Porventura do Antônio Cícero, leia Castro Alves. Leia toda a Adélia Prado que lhe for possível, leia o seu tio Paulo Candido, A canção da borboleta ausente: três musas, catorze sonetos e algumas diversões.
Leia todos os livros de História que puder, História do Brasil e das Américas, História Medieval, História de países específicos, de invenções incríveis e definitivas e, principalmente, sobre História da Arte, e leia ensaios sobre isso tudo. A gente cresce demais lendo essas coisas e alcança tão, tão longe. Não se abale se algum historiador franzir seu aristocrático nariz para você, dizendo coisas como ah, os leigos leem cada coisa... Leia sobre o mundo e sobre o que se passou para aprender, para olhar em volta e enxergar o que já não está e sempre esteve, para entender, de novo, que caminhamos há muito tempo e em muitas direções e que é essa a beleza da nossa loucurinha. O chapéu de Vermeer, do Timothy Brook se você sonha em aprender como as rotas comerciais funcionavam no tempo do velho enquanto pedala sua bicicleta, mas leia também sobre a Pelo amor às cidades, do Jacques Le Goff e História do corpo, As metamorfoses do gordo e O limpo e o sujo, do Georges Vigarello.
Leia Eco, Calvino, Woolf e Shakespeare, amor, e leia também o que você puder sobre eles. A história da beleza e O cemitério de Praga, As cosmicômicas, Mrs. Dalloway e Rei Lear respectivamente, porque eles são os donos das palavras e de tudo que orbita em torno delas.
J., leia biografias. É sempre bonito e surpreendente entender que as pessoas são como são porque a vida aconteceu com elas assim como aconteceu conosco. Leia O anjo pornográfico, de Ruy Castro e Napoleão: uma vida, do Vincent Cronin.
Pelo mesmo motivo – a vida e suas intercorrências, leia os dois volumes dos Diários de Susan Sontag, Os rostos que tenho, da Nélida Piñon, Navegação de Cabotagem, o melhor Jorge Amado que existe, O conselheiro come, de Ubaldo Ribeiro, Feliz Ano Velho, de Rubens Paiva, o diário que Emma Thompson escreveu durante a filmagem de Razão e sensibilidade, Sense and Sensibility: The Screenplay & Diaries.
Leia o que gostamos chamar de os clássicos da literatura brasileira (que, aliás, foi o que começou nossa conversa). Escolha seus autores prediletos e leia os velhos, veja como mudaram nossos hábitos, amores, língua, cidades e relações. Já falei ali em cima, sou Castro Alves Futebol Clube, mas também me encontro Graciliano (Angústia), João do Rio (A alma encantadora das ruas) e Lima Barreto (TUDO). No seu tempo, encontre-se com meus velhos. Ou faça uma lista dos seus.
Tenha um ou dois movimentos artísticos favoritos, J., e leia sobre eles para valer, aprenda tudo o que puder, agarre-se a esses ensinamentos. Um dia isso vai salvar sua vida. Leia O julgamento de Paris, do Ross King, se você se descobrir uma menina impressionista, o que eu sinceramente acho que você é, porque o cor-de-rosa do seu cabelo foi inventado por Monet.
Dedique uma prateleira a um autor que você ama. A um assunto que você ama. Vários Mergulhe o mais profundamente que puder no universo dos seus amores. A melhor e mais bela maneira que as coisas têm de nos encontrar – todo o tempo e a qualquer hora – é por meio dos livros. Então, eleja seus amores e dedique as próximas décadas a aprender sobre eles. Tenho prateleiras para cada objeto do desejo. Mário de Andrade, expedições ao polo, Gattai, história da comida e da moda, livros sobre livros, livros sobre escrita, livros sobre Shakespeare, tudo o que o Umberto Eco botou a mão, Arte, gente que viaja para cozinhar, São Paulo (por um longo período colecionei também livros sobre o Rio de Janeiro – eles ainda estão aqui, mas a coleção parou de crescer, envenenada), Modernismo, Império Romano, Cartago.
Os livros, J. Nem todo ano temos grana ou chance de viajar. Nem toda hora podemos fazer aulas e cursos, flanar pela cidade, viver um grande amor, produzir o risoto perfeito, ir a bailes usando o melhor penteado.
Mas os livros estão em toda parte.
Eles esperam por nós, embalam nossos sonhos, alimentam nossa alma, firmam nossos pés no chão que estiver disponível naquele momento, botam música dentro e em volta de nós e nos guiam para lá e para cá pelo labirinto, dependendo do que desejamos na ocasião.
Confie nos seus livros e em muito pouca coisa além disso, pequena.
Os livros:
Franny and Zooey, do J.D. Salinger, tradução do Caetano W. Galindo, ed. Todavia.
Pra Cima Com a Viga, Moçada! - Seymour uma introdução, do J.D. Saliger, tradução do Alberto Alexandre Martins, ed. Brasiliense (saudades, Brasiliense!).
O apanhador no campo de centeio, do J.D. Salinger, tradução do Caetano W. Galindo, ed. Todavia.
Nove histórias, do J.D. Salinger, tradução do Caetano W. Galindo, ed. Todavia.
Mulherzinhas (não é o meu de jeito algum, mas é uma caixeta, os quatro livros com as mesmas personagens e tal e tal), da Louisa May Alcott, tradução do Filipe Teixeira e da Karla Lima, ed. Principis.
Você jurou que eu ia ser feliz, da Sônia Nolasco, editora Global.
Geraldão, Espocando a Cilibina!, do Glauco Vilas Boas, editora Almedina.
Gramática Metódica da Língua Portuguesa, do Napoleão Mendes de Almeida, Editora Centro Dom Bosco.
Cozinha confidencial, do Anthony Bourdain, tradução da Beth Vieira e do Alexandre Boide, editora Companhia das Letras.
Moby Dick, ou A baleia, do Herman Melville, tradução da Irene Hirsch e do Alexandre Barbosa de Souza, editora 34 (o meu inda é da Cosac e deve custar um carro popular por esses dias)
Frankenstein, daMary Shelley, tradção da Márcia Xavier de Brito, ed. Darkside.
Anarquistas graças a Deus, da Zelia Gattai, ed. Companhia das Letras. (o meu é da ed. Record e a capa era uma tetéia)
Valsando com a gata, da Pam Houston, (devo o nome de quem fez a tradução, mas vou resolver isso), ed. Record.
Não verás país nenhum e Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela e Zero, do Ignácio de Loyola Brandão , Global Editora. Tá aqui um box que vale muito mesmo, porque o Desta terra… também é espetacular. Loyola é dono dum tremendo narrador.
O caneco de prata, do João Carlos marinho, da Golbal Editora.
a capa do meu, que é de 1979, é linda demais.
O tempo e o vento, do Erico Verissimo, ed. Companhia das Letras. São três livros, amor, e as editora costumam lançar o terceiro em dois tomos porque é gigantesco. Só vai. O segundo é o melhor para mim.
Israel em abril, do Erico Verissimo, ed. Companhia das Letras.
Solo de clarineta I e II, do Erico Verissimo, ed. Companhia das Letras.
The Complete Poems of Emily Dickinson, da (adivinhaaaaa) Emily Dickinson, ed. Lulu.com
Porventura, do Antônio Cicero, ed. Record.
A canção da borboleta ausente: três musas, catorze sonetos e algumas diversões, do seu tio Paulo Candido, Drops Editora.
O chapéu de Vermeer, do Timothy Brook, tradução da Maria beatriz Medina, ed. Record.
História do corpo, do Daniel Arasse, do Jacques Gélis, do Rafael Mandressi, da Sara F. Matthews-Grieco, da Nicole Pellegrin, do Roy Porter, do Alain Corbin, do Georges Vigarello, do Olivier Faure, do Richard Holt, do Ségolène Le Men, do Henri-Jacques Stiker, do Henri Zerner, do Jean-Jacques Courtine, tradução do João Batista Kreuch e do Jaime Clasen, Editora Vozes.
São três volumes: Da Renascença às luzes, Da Revolução à Grande Guerra, As mutações do olhar. São caros. Valem cada centavo. Talvez seja cedo agora, mas em poucos anos você alcança esses danados. Pra mim, o segundo é o melhor (eu já disse isso :) )
Pelo amor às cidades, do Jacques Le Goff, tradução do Reginaldo Carmello Correa de Moraes, Editora Unesp.
As metamorfoses do gordo: história da obesidade no Ocidente da Idade Média ao século XX, do Georges Vigarello, tradução do Marcus Penchel, Editora Vozes.
O limpo e o sujo: uma história da higiene corpora, do Georges Vigarello, tradução da Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes.
(o Substack não me deixa mais botar linques aqui, continuo a lista na próxima news)
(peço desculpas adiantadas por qualquer problema nos linques, mas se você tacar no Google, você acha ❤)
essa news chegou no meu email, li o título e disse a mim mesma: não leia. Li. Eu estava certa. Fiquei imprestável para o convívio e atividades comuns no dia de hoje. É muito difícil ler você. É muito fácil. É muito bom. É muito dolorido. É muito. Transbordo.
( e obrigada pela Sônia Nolasco) (e por tudo o mais)
Que texto, mulher. Não queria ser cliche, mas enfiou uma faca no fundinho e deu uma volta. Tanta, tanta coisa. Me deu vontade de te escrever cartas. Veja só. Por agora um abraço e um muito obrigada.