Era uma vez um peixinho. Ele era novo naquele oceano. Não conhecia as regras, não sabia se esconder direito dos inimigos e não gostava muito da comida que encontrava por ali. A água era gelada e escura no inverno e ele não tinha uma lanterna.
Era uma vez um peixinho. Ele nadava entre os corais e se escondia da moreia atrás das pedras, brincava nas correntes mornas feitas de azul e sal e gostava de ver os raios de sol filtrados pela água no verão.
Era uma vez um peixinho. Ele tinha uma bicicleta, gostava de poesia e de música francesa. Era amigo de um surfista e de uma estrela-do-mar.
Era uma vez um peixinho. Ele morava em um navio naufragado, mas não sabia disso: para ele, aquilo era só uma casa. Brincava entre as tábuas de madeira velha e construía torres com os dobrões espanhóis que encontrava num baú de tesouros.
Era uma vez um peixinho. Ele tinha um primo que morava num aquário bem grande, em uma cidade chamada Santos e que, de quando em vez, batia com a cabeça no vidro.
Era uma vez um peixinho. Ele nadava aqui e ali. Um dia o peixinho ficou triste demais, então saiu da água, deixou suas perninhas crescerem e virou o Tiranossauro Rex.
Sou sua fã, caraaaaaa!!
que upgrade teve esse peixinho!